sábado, julho 22, 2017

MUDANÇAS NA CLT - ADMIRO QUEM RESUMIU A REFORMA TRABALHISTA EM APENAS UM VERSO

 MINHAS PRIMEIRAS PERCEPÇÕES NO ESTUDO DAS MUDANÇAS OCORRIDAS NA REFORMA TRABALHISTA


 Estou Estudando as mudanças ocorridas na CLT e estou passando a admirar quem resumiu a CLT em um pequeno verso.

São mais de 60 Artigos da CLT que foram alterados.  São muitas alterações. E creio que seja humanamente impossível entender os impactos econômicos causados por essas mudanças.

À Curto prazo, com certeza,  haverá mudanças significativas, no entanto, à médio e longo prazo, é impossível prever o impacto dessas mudanças.

À primeira vista, notadamente, as mudanças são impactantes. No entanto, esmiuçando, é perceptível que a intenção da reforma trabalhista é anular as entidades representativas das classes dos trabalhadores.

Estou em torno de mais de 50% do estudo da reforma, ao qual, para cada mudança, faço um pequeno comentário de maneira coloquial. Percebe-se que houve uma forte influencia do empresariado na concepção das mudanças, pois só quem é empregador, sabe das tratativas que são tomadas ou recebidas, por exemplo, quando um trabalhador vai jogar futebol nas dependências da empresa e posteriormente, quer que seja pago hora- extra, devido o mesmo ter estado nas dependências da empresa fora do expediente de trabalho. 

Ao finalizar este estudo, estarei compartilhando com os colegas, minha percepção, no entanto, de antemão, já considero importante aquecer os escritórios jurídicos populares, ou entidades privadas sem fins lucrativos (Ongs)  que tratam de questões trabalhistas, pois esse trabalho deverá ser feito para suprir a deficiência que estará sendo causada pela anulação dos sindicatos representativos da classe dos trabalhadores brasileiros. Sim, a onda da causa trabalhista acabou.

A onda acabou, no entanto, a causa trabalhista não pode acabar, porém, é necessário se livrar do PT e seus puxadinhos e pensar em uma nova forma de fazer política trabalhista, de preferência com Inteligência Política.

O Efeito da Corrupção do PT no Governo Brasileiro foi devastador. Se o PT não tivesse roubado, talvez, os trabalhadores não estivessem passando por este momento de insegurança representativa.

Até agora, não vi nada de escabroso nas mudanças feitas na CLT. porém, peço que aguardem a finalização de meus estudos.  claro, se for de seu interesse.

E por falar em causa trabalhista, se você for do Amazonas, acesse este linque e veja o que o Amazonas precisa urgentemente: Clique aqui e veja o que o Amazonas precisa urgentemente.

Bruno Oliveira


terça-feira, julho 11, 2017

Resumo das minhas opiniões (postagens) do mês de Junho - Por Bruno Oliveira


O Bom de não estar à frente de um portal de noticias ou de uma redação de jornal é o de não ter a preocupação em levar as noticias até o leitor à todo momento e admiro quem tem essa capacidade e dedicação e creio que só um profissional de jornalismo consegue fazer isso com destreza!

 Parabéns à todos os Jornalistas, os bons, por fazerem a nossa vida ficar mais fácil.

 O que eu acho legal é fazer o que estou fazendo agora, emitindo ou repercutindo algum determinado assunto e trazendo algumas reflexões sobre o nosso cotidiano.

Sim, pois minha opinião de  hoje, dependendo do cotidiano de amanhã, pode ser alterada no dia de amanhã.


Aproveito para fazer uma reflexão sobre esse mês de junho em que resolvi postar minhas opiniões ou comentários,  e se você perdeu algum, acompanhe os links abaixo das minha 33 postagens no último mês:

31 de maio  - (10 postagens)


01 de junho -

02 de junho - (5 postagens)

 04 de junho


05 de junho -


06 de junho -


10 de junho -


14 de junho- (03 postagens )

16 de junho -


17 de junho -


18 de junho -

21 de junho -


26 de junho -

28 de junho -

30 de junho- (02 postagens)

 02 de julho -

 03 de julho -



O que essas postagem significam?

Primeiro, é necessário considerar que estou limitado às divulgações do Facebook e baseado nas mesmas, já tenho um perfil do publico que Lê e AGRADEÇO à cada uma das 7.673 pessoas que tiraram um pouco de tempo para considerar minhas postagens.😎



Bom, meu objetivo é apenas emitir minhas opiniões e espero estar contribuindo de alguma forma.


Aproveito para pontuar que:

 A população, principalmente do Amazonas, precisa de informação, pois o jornal impresso e o televisivo, surtem um efeito cada vez mais diminuto, e há a necessidade de informações mais rápidas;

Percebi que minhas opiniões só possuem uma relativa audiência quando acompanhada de informações noticiadas em outros meios de comunicação.  É como se as pessoas entrassem na internet só para buscar confirmações ou opiniões sobre os fatos que acontecem;

Percebi também que  há uma sensível participação de pessoas que buscam assuntos perenes e por isso, também focarei nesse quesito, para que minhas postagens não sirvam apenas como consulta de opiniões, mas também como fonte de pesquisa (já tô me achando, rsrs);

Percebi outras coisas, mas vou comentar em outras postagens.


Agradeço, Bruno Oliveira.



segunda-feira, julho 03, 2017

ROSA LUXEMBURGO 1902 - A CAUSA DA DERROTA, ENSAIO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 
Conforme combinei com vocês, que periodicamente, vou sugerir um livro ou um artigo ou qualquer forma de leitura, para que juntos, possamos desvendar os mistérios da belíssima língua Portuguesa e em todos os seus devaneios escritos nas mais diversas áreas do conhecimento, ou seja, interpretação de texto.

Se você  perdeu a postagem à que me refiro, click no link logo abaixo:
http://brunooliveirabrunooliveira.blogspot.com.br/2017/06/quando-o-assunto-das-redes-sociais-e.html

Então. vou escolher um texto da atualidade e vamos tentar interpretá-lo.

Primeiro, preciso deixar claro que estou tendo uma certa dificuldade de acessar textos autorais na internet, pois percebi que as pessoas estão postando menos suas opiniões, para apenas comentar sobre alguma ideia que é lançada na rede de computadores. Vamos lá pessoal!

Diante disso, tive que apelar para o Facebook e nada!

Então, busquei um texto aleatório do Domínio Público e Rosa Luxemburgo foi a escolhida, click aqui se quiser ver o texto completo...ROSA LUXEMBURGO  mas vou transcrever e comentar no blog este texto.

O Texto (De cores pretas, Rosa Luxemburgo e de Cores azuis - Bruno Oliveira)


A Causa da Derrota 
Rosa Luxemburgo
 1902

Tradução de Nildo Viana. 

O desmoronamento repentino da grande ação da classe operária belga, para a qual estavam dirigidas os olhares de todo o proletariado internacional, é um duro golpe para o movimento de todos os países. Seria inútil nos consolar com as frases gerais habituais dizendo que a luta só está adiada, que cedo ou tarde também ganharemos na Bélgica. Para julgar tal ou qual episódio da luta de classes, não basta considerar a marcha geral da História, que no fim das contas nos beneficia. Esta não é mais do que a CONDIÇÃO objetiva de nossas lutas e vitórias. O que é preciso considerar são os elementos subjetivos, a atitude consciente da classe operária combativa e seus chefes, atitude que aposta para assegurarmos a vitória pelo caminho mais rápido. Deste ponto de vista, imediatamente depois da derrota, nossa primeira tarefa é darmos conta o mais claramente possível de suas causas.

Bom, nessa introdução da autora, claro que sei que ela é uma das mais fortes influencias das teorias econômicas de Marx e obteve grande participação no movimento comunista na Europa, mas vou atentar para o texto em si, sem me preocupar com o contexto histórico. 
Vamos ver como vai ficar!

Ela inicia o texto falando de um desmoronamento, logo, pensamos em fracasso, e no caso, ela chama a atenção para uma grande ação da classe operária Belga que fracassou e segundo ela, os olhos dos trabalhadores do mundo estavam voltados para a Bélgica e afirma que foi um duro golpe.  e logo em seguida ela praticamente desmotiva à todos de que não vale à pena lutar. a partir daí, me desmotivei à ler, ninguém quer ler ou ouvir lamentações.


I - QUANDO TRIUNFA O OPORTUNISMO
O que surge antes de tudo com absoluta clareza quando se passa em revista a interrompida campanha das últimas semanas, é a falta de uma tática clara e conseqüente de nossos líderes belgas.
Como primeira medida vemo-los limitar a luta ao marco da câmara. Ainda que desde o começo não houvera, por assim dizer, nenhuma esperança de que a maioria clerical capitularia, a fração socialista parecia não querer proclamar a greve geral. Esta eclodiu pela decisão soberana da massa proletária impaciente.

Aqui nessa parte, ela culpa as lideranças dela pela derrota.

Em 14 de abril podia-se ler no LE PEUPLE de Bruxelas: Se disse que o governo está decidido a manter-se até o fim, e também a classe se prepara para tudo. E por isso a greve geral acaba de ser proclamada em todo o país, não pelos órgãos políticos do partido, sendo por seus órgãos econômicos, não pelos seus deputados, sendo por seus delegados sindicais. É o próprio proletariado organizado que, não vendo outros meios para vencer, acaba de decidir solenemente interromper o trabalho em todas as partes".

Aqui ela comenta que um jornal informava que a ação foi coordenada pelos trabalhadores e não pelos líderes.

O deputado Demblom, em 18 de abril, fez a mesma comprovação na câmara: "Quem se atreveria a dizer ainda hoje que nada está em estado de agitação, sendo os próprios agitadores, frente a fulminante explosão da greve geral, que nós mesmos não esperávamos?" (veja-se informe parlamentar de LE PEUPLE de 19 de abril).



Aqui, creio eu, que o deputado citado por ela, era, teoricamente, seria um dos líderes do movimento.

Ao haver eclodido espontaneamente a greve geral, os chefes socialistas se declararam imediatamente solidários das massas e da greve geral, como o supremo meio de luta. A GREVE GERAL ATÉ A VITÓRIA, tal foi a palavra lançada pela fração socialista e pela direção do partido.
 Em 15 de abril LE PEUPLE escreve "Desde o fundo de sua alma, os socialistas haviam desejado não verem-se levados à greve geral, e o congresso de páscoa do partido, remetendo-se às circunstâncias para determinar o instrumento conveniente de luta, não havia decidido nada a respeito... porém somente a greve geral é capaz de nos assegurar definitivamente e apesar de tudo a vitória".

Nesse ponto, é possível perceber que ela não exerce influencia nos líderes, nem nos colegas do parlamento e nem na classe operária, ao ponto de ela ter entendido que a greve geral eclodiu espontaneamente ( vou ter que rir, me desculpem), mas é impossível alguma coisa ocorrer sem alguém orquestrando, sem alguém pensando, sem alguém planejando, sem alguém influenciando. 

Claro, lembrando que, de acordo com o contexto histórico, dificilmente as mulheres participavam de atos como estes, então, neste ponto, precisamos dar os parabéns para a Rosa, pois é uma pessoa bastante intelectualizada e que lia muitos jornais. Na verdade, baseava as suas argumentações em noticias de jornal (qual jornal é imparcial?).   


LE PEUPLE de 17 de abril diz: "Não há cansaço nem desânimo na classe operária, o juramos seu nome, lutaremos até a vitória".

LE PEUPLE de 18 de abril afirma: "A greve geral durará tanto tempo quanto necessário para conquistar o sufrágio universal".

No mesmo dia, o conselho geral do partido operário decidiu CONTINUAR A GREVE GERAL, depois que a câmara rechaçara a revisão.

Na manhã de 20 de abril, o órgão central do partido de Bruxelas assegura: "Continuar a greve geral é salvar o sufrágio universal".

E no mesmo dia, a fração socialista e a direção do partido, com uma súbita meia volta, decidiram terminar a greve geral.

 Noticias de jornal e o Partido operário decidindo continuar a greve.

As mesmas vacilações se manifestaram com respeito a outra palavra de ordem da campanha: A dissolução do parlamento. Quando em 15 de abril, os liberais reclamaram a câmara, os socialistas se abstiveram de intervir e portanto não votaram tampouco a favor do adiamento do momento decisivo, adiamento desejado pela burguesia.

 Essa parte não mudou em nada até os dias de hoje. Manobras acontecem, sempre.

Postos frente à decisão de terminar a greve geral, nossos camaradas retomam essa palavra de ordem e LE PEUPLE de 20 de abril recomenda aos operários: "Reivindicar por todas as partes e a voz em coro a dissolução do parlamento. Inclusive até estes últimos dias se nota um giro sobre o mesmo tema na atitude dos chefes. LE PEUPLE de 20 de abril apresenta A BREVE GERAL como o único meio de impor a dissolução da câmara. Porém, nesse mesmo dia , a direção do partido decide terminar a greve geral, e desde então a única via que permite conseguir a dissolução do parlamento parece ser a intervenção do rei.

Leitura de Jornal sobre a decisão do partido socialista de acabar com a greve. Notadamente, a Rosa, aqui, entende que é na base da pressão que se muda as coisas e não no embate de ideias. enfim, ela ficou com muita raiva do partido dela. 

Assim se emaranharam, se cruzaram e se chocaram mutuamente as diferentes palavra de ordem no transcurso da recente campanha belga: Obstrução ao Parlamento, Greve Geral, Dissolução da Câmara, Intervenção do Rei. Nenhuma dessas bandeiras foi prosseguida até o final e por último toda a campanha foi sufocada de um só golpe, sem nenhuma razão aparente, e os operários foram mandados de volta à suas casas, consternados, com as mãos vazias.

Notadamente entristecida, ela deixou bem claro qual era as opções que ela acreditava serem possíveis para ideia:
  • Obstrução ao Parlamento, 
  • Greve Geral, 
  • Dissolução da Câmara, 
  • Intervenção do Rei 
Essas quatro opções eram as armas que os trabalhadores tinham. Será que essas armas ainda existem?

Hoje, em 2017:

 Os "trabalhadores" são minorias, ou pelo menos não possuem credibilidade dos outros partidos no Congresso Nacional, mas a tática ainda é a mesma, de tentar obstruir, caso algum projeto seja desfavorável para a classe trabalhadora;

A Greve Geral não funciona mais, pelo menos, no Brasil, não. Vejam a última:  https://www.metrojornal.com.br/foco/2017/06/30/greve-geral-brasil-amanhece-com-protestos.html

Dissolução da Câmara, isso a gente não duvida que possa acontecer, é uma ferramenta que pode ser usada, mas no Brasil, o Presidente não tem esse poder, devido o equilíbrio previsto na constituição.
No entanto, o poder que possuí o presidente, principalmente nas democracias venezuelana, equatoriana e boliviana, lhe permite convocar plebiscitos e referendos de acordo com suas necessidades políticas.

Intervenção do Rei - No Brasil, em tese, não se aplica. 

Então, os trabalhadores, considerando essas premissas da Rosa Luxemburgo, no Brasil, só possuem uma opção: A Greve Geral. e Notadamente, é a única arma que possuem e estão usando.




Se não se podia esperar que a maioria parlamentar consentisse em revisar a constituição, não se compreende porque se recorreu à greve geral, com tanta vacilação e repugnância. Não se explica porque, de pronto, precisamente quando tomava um bom impulso, foi suspenda quando se havia reconhecido que era o único meio de luta.

 Aqui, a Rosa está questionando a decisão dos trabalhadores, que, na visão dela, tomaram uma decisão baseado precipitada e ao meu ver, baseado na "emoção". Mas claro que com líderes no comando.

Se a dissolução do parlamento e novas eleições realmente deixavam prever a derrota dos clericais, é impossível então a passividade de nossos deputados quando os liberais propuseram dissolver o parlamento, e mais impossível todavia é compreender toda a campanha atual para a revisão da constituição, que de todos os modos podia ser conseguida efetivamente nas próximas eleições. Porém se é vã a esperança posta em novas eleições no desprezível sistema eleitoral atual, é por sua vez incompreensível o entusiasmo atual dos socialistas por esta bandeira.

Aqui, notadamente, ela dá uma dura nos colegas. Observem que o objetivo dela era derrotar os clericais com apoio dos liberais. No Brasil, hoje, os liberais perderam força. e creio que liberais são aqueles que não tão nem aí para ideologia econômica, pelo menos, em tese, esse deveria ser o centro dos debates políticos em todos os países. Assim, com esse pensamento, dificilmente, essa forma de pensamento alcançaria um sucesso significativo de novo no Brasil.


Todas estas contradições parecem insolúveis no entanto se analisa a tática socialista em si na campanha belga, porém elas se explicam muito simplesmente enquanto se considera o campo socialista em sua união com o campo LIBERAL.

Antes de tudo foram os liberais quem determinaram o programa dos socialistas na recente luta.

Fundamentalmente por desígnio o partido operário teve que renunciar ao sufrágio feminino para adotar a representação proporcional como cláusula da constituição.

Os liberais ditaram aos socialistas os MEIOS da luta, erguendo-se CONTRA a greve geral inclusive antes que houvera eclodido, impondo-lhes os limites legais quando se desencadeou, lançando primeiro a bandeira da dissolução da câmara, apelando ao rei como árbitro supremo e decidindo por fim em sua sessão do dia 19, CONTRARIAMENTE a decisão da direção do partido de 18 de abril, a culminação de greve geral. A tarefa dos chefes socialistas vinha sendo transmitir à classe operária as bandeiras lançadas por seus aliados e fazer a música da agitação que correspondia ao texto liberal. Finalmente em 20 de abril, os socialistas puseram em execução a última decisão dos liberais mandando a retirada de suas tropas.

Assim, em toda a campanha, os LIBERAIS aliados com os socialistas aparecem como os verdadeiros CHEFES, os socialistas como seus submetidos executantes e a classe operária como uma massa passiva, arrastada pelos socialistas a reboque da burguesia.
A atitude contraditória e tímida dos chefes de nosso partido belga se explica pela sua posição intermediária entre a massa operária, que se lança na luta, e a burguesia liberal que a retém por todos os meios.

Bom, aqui, ao que parece, a Rosa entende que os liberais apenas se aproveitaram da classe operária. No Brasil, hoje em dia, não foi diferente. A Dilma passou por um processo semelhante no Governo, pois também confiou em um grupo parecido com os liberais, como é o caso do PMDB, que na verdade, o PMDB sempre foi o contraponto dos partidos independente do Governo que fosse. Acredito que sim, o PMDB pode ser encarado com uma espécie de liberal, pois o seu foco é a democratização e, não há outra forma de democratizar se não for através da conversa. Mas enfim, continuo achando que não há mais partido liberal no Brasil e é realmente um fato de que a Ex-residente escondeu o resultado das contas publicas ( pedalada fiscal) para se beneficiar nas eleições de 2014 e em 2015 enfrentamos a maior crise da história do Brasil.  

II - PARLAMENTARISMO OU AÇÃO DE MASSA
Não somente o caráter vacilante desta campanha, mas também sua derrota final, explicam-se pela posição dirigente dos liberais.
Na luta pelo sufrágio universal desde 1886 até o momento atual, a classe operária belga fez uso da greve de massas como o meio político mais eficaz. Foi a greve de massas a que se
deveu, em 1891, a primeira capitulação do governo e o parlamento: o começo da revisão da constituição. A ela se deveu, em 1893, a segunda capitulação do partido dirigente: o sufrágio universal com voto plural.

A greve Geral, para a Rosa é o meio para tudo. tudo se resolve através de greve. Sabemos que não é mais assim. ajuda, mas não é  fim. temos a Lei de Responsabilidade Fiscal que trava qualquer levante popular, se o objetivo for alterar o orçamento das contas públicas. 

É evidente que, inclusive desta vez, somente a pressão das massas operárias sobre o parlamento e sobre o governo permitiu arrancar um resultado palpável.

Sim, aqui ela realmente consertou, a pressão das massas é uma ferramenta muito eficaz. Mas até hoje, o Renan Calheiros ainda está no Senado. o Fora Renan não surtiu efeito.

 Se a defesa dos clericais foi desesperada já no último decênio do século passado, quando não se tratava mais do que o começo das concessões, a toda vista devia converter-se em uma luta de morte agora que se trata de entregar o resto: a dominação parlamentar. Era evidente que os ruidosos discursos na câmara não podiam conseguir nada. Fazia falta a pressão máxima das massas para vencer a resistência máxima do governo.

Impressão minha, ou ela falou em luta de morte?

Frente a isto, as vacilações dos socialistas em proclamar a greve geral, a esperança secreta porém - evidente, ou pelo menos o desejo de triunfar no possível, SEM recorrer à greve geral, aparecem desde o começo como o primeiro sintoma do reflexo da política liberal sobre nossos camaradas, desta política que em todas as épocas, sabe-se, crê poder quebrar as muralhas da reação com o som das trombetas da grandiloqüência parlamentar.

Aqui ela usa a expressão que eu tentei evitar aqui: nossos camaradas
E os liberais deram um baile político  nos camaradas!

Não, obstante, a aplicação da greve geral na Bélgica é um problema claramente determinado pela sua repercussão ECONÔMICA direta, a greve atua antes de tudo em desfavor da burguesia industrial e comercial, e em uma medida muito reduzida somente em detrimento de seu inimigo verdadeiro, o partido clerical. Na luta atual, a repercussão POLÍTICA da greve de massas sobre os clericais no poder não pode ser, portanto, mais que um efeito INDIRETO exercido pela pressão que a burguesia liberal, molestava pela greve geral transmite ao governo clerical e a maioria parlamentar. Além disso a greve geral também exerce uma pressão política DIRETA sobre os clericais, aparecendo-lhes como o precursor, como a primeira etapa de uma verdadeira revolução andarilha em gestação, para a Bélgica, a importância política das massas operárias em greve residiu sempre, e ainda hoje, no fato de que em caso de rechaço obstinado da maioria parlamentar, estão dispostas e são capazes de vencer o partido no poder por meio de distúrbios, por meio de sublevações andarilhas.

Aqui, observa-se a motivação de Rosa Luxemburgo, no auge de seus 30 anos de idade, dizendo que era necessário distúrbios ( confusão)  e revolta em massa nas ruas para os liberais apoiarem os camaradas. 

A aliança e o compromisso de nossos camaradas belgas com os liberais privaram a greve geral de seu efeito político em dois pontos.
Impondo de ANTEMÃO limites e formas legais à luta, submisso à pressão dos liberais, proibindo toda manifestação, todo espírito da massa, dissipavam a força política latente da greve geral. Os clericais não tinham porque temer uma greve geral que DE TODAS AS MANEIRAS não queria ser outra coisa que uma greve pacífica. Uma greve geral, acorrentada de ANTEMÃO aos grilhões da legalidade, se assemelha a uma demonstração de guerra com canhões cuja carga haveria sido previamente arremessada à água, a vista do inimigo. Nem sequer um menino se assusta de uma ameaça "com os punhos no bolso", assim como o aconselha seriamente LE PEUPLE aos grevistas, e uma classe no poder, lutando até a morte por sua dominação política, se assusta menos ainda. Precisamente por isso em 1891 e 1893 lhe bastou ao proletariado belga com abandonar tranqüilamente o trabalho para romper a resistência dos clericais que podiam temer que a paz se transformaria em distúrbio e a greve em revolução. Por isso, inclusive desta vez, a classe operária talvez não houvera necessitado recorrer à violência se os dirigentes não houvessem descarregado sua arma de ANTEMÃO, se não houvessem feito da expedição de guerra uma parada dominical e do tumulto da greve um simples alarme falso.

Aqui ela volta à ler jornais e diz, com todas as letras que greve com mão nos bolsos não leva à nada. Não sei se entendi direito, mas ela queria ir para a porrada à qualquer custo, pois essa era a única forma de fazer e receber acordo dos liberais, contra os clericais. Ela era violenta mesmo, mas não uma boa influencia para as crianças da sua época e nem da época de hoje. Meu filho, se voce estiver lendo este texto nesse momento, espere que explicarei a motivação desse pensamento dela, assim que chegar em casa. Me lembra, viu?!

Porém, em segundo lugar, a aliança com os liberais aniquilou o outro efeito, o efeito direto da greve geral. A pressão da greve sobre a burguesia só tem importância política se a burguesia estiver obrigada a transmitir esta pressão a seus superiores políticos, os clericais que governam. Mas esta só se produz se a burguesia se sente subitamente assaltada pelo proletariado e se vê incapaz de escapar a este impulso.

Aqui, Rosa vez uma análise boa, pois afirma que os clericais não governam, estão apenas à serviço dos burgueses que se sentem encurralada pelo proletariado. e os liberais Rosa? e se fosse hoje. e o Partido dos Trabalhadores ?

Este efeito se perde quando a burguesia se encontra em uma situação cômoda que lhe permite deslocar sobre as massas proletárias que leva a reboque, a pressão que padece, antes que transmita-a aos governos clericais desembaraçando-se deste modo de um peso difícil como um simples movimento de ombro. A burguesia belga se encontrava precisamente nesta situação no transcurso da última campanha: graças à aliança ela podia determinar os movimentos das colunas operárias e fazer cessar a greve geral em caso de necessidade. Isto é o que ocorreu e enquanto a greve começou a incomodar seriamente à burguesia, esta lançou a ordem de voltar ao trabalho. E aqui terminou a "pressão" da greve geral.

Aqui, uma verdadeira manobra comum!

Assim, a derrota final aparece como consequência inevitável da tática de nossos camaradas belgas.

A culpa sempre é dos camaradas. O Ex-presiente  Lula segue a risca isso. Ele diz que sempre foi um amigo. 

Sua ação parlamentar não deu resultados porque a pressão da greve geral que apoiava esta ação não se apresentou e a greve geral tampouco por ter, atrás dela, não estava o espectro ameaçador do livre desenvolvimento do movimento popular, o espectro da revolução.

 É culpa, é culpa da Articulação. paredão, paredão para a articulação!

Em uma palavra, a ação extra parlamentar foi sacrificada à ação parlamentar, porém, precisamente por causa disto, ambas foram condenadas à esterilidade, e toda a luta ao fracasso.

  É culpa, é culpa da Articulação. paredão, paredão para a articulação!

III - O BUROCRATISMO CONTRA A ESPONTANEIDADE

O episódio da luta pelo sufrágio universal que acaba de terminar representa uma reviravolta no movimento operário belga. Pela primeira vez na Bélgica o partido socialista entrou na luta ligado ao partido liberal por um compromisso formal, e, do mesmo modo que a fração ministerialista do socialismo francês aliado ao radicalismo se encontrou na situação de Prometeu Acorrentado. Saberão ou não libertar-se nossos camaradas do abraço asfixiante do liberalismo? 

Opa. No Brasil não conseguiram Rosa !

Da resposta a esta pergunta depende, não vacilarmos em dizer, o futuro do sufrágio universal na Bélgica e do movimento operário em geral. Porém a experiência recente dos socialistas belgas é preciosa para o proletariado internacional. Não será novamente sendo um efeito desse sopro fraco e enervante do oportunismo que sopra a alguns anos, e que se manifestou na aliança funesta de nossos amigos belgas com a burguesia liberal.
A decepção que acabamos de sofrer na Bélgica deve nos por em guarda contra uma política que, estendem-se a todos os países conduziria a graves derrotas e finalmente ao relaxamento da disciplina e da confiança ilimitada que as massas operárias tem em nós, os socialistas; destas massas sem as quais não somos nada e que algum dia poderíamos perder com ilusões parlamentares e experiências oportunistas.

lamento Rosa, mas, os socialistas, em tese,  perderam essa identidade. Aquela história de direita e esquerda praticamente  não existe mais.  Não temos mais lutas de classe, agora é luta corporativa, luta não, é acordo corporativo. 

Cada um por sim e com sua licença, Deus por todos.

Pessoal, esse é só um ensaio. garanto que irei me aprofundar mais sobre a vida e obra dela e dos outros camaradas vi esse site bem consistente:  https://www.marxists.org/


Bruno Oliveira


domingo, julho 02, 2017

BOI BUMBÁ NÃO É CULTURA DO AMAZONAS, LAMENTO


No dia de hoje, 01 de julho de 2017, passeando pelos blogs e portais de noticias que costumeiramente acesso para me manter informado e naturalmente, não consigo ler outra coisa, apenas, Boi Bumbá.

Resultado? resolvi fazer o mesmo.



Gosto! cada um tem o seu. Falo de música!

Temos :

Música erudita - a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais elaborada. Também é conhecida como "música clássica".
Música popular - associada a movimentos culturais populares. Conseguiu se consolidar apenas após a urbanização e industrialização da sociedade e se tornou o tipo musical icônico do século XX. Se apresenta atualmente como a música do dia a dia, tocada em shows e festas, usada para dança e socialização.
Música folclórica- ou música nacionalista - associada a fortes elementos culturais de cada grupo social. Tem caráter predominantemente rural ou pré-urbano. Normalmente são associadas a festas folclóricas ou rituais específicos.
Música religiosa- utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser usada para adoração e oração ou em diversas festividades religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada religião possui formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica e o gospel das igrejas evangélicas.

É difícil classificar qualquer manifestação cultural, pois trata-se de manifestação e muitas vezes a manifestação não possui um objetivo à ser alcançado, pois trata-se apenas de um ecoar, de um grito ou algo do gênero.

No Amazonas, sempre no fim do mês de Junho, somos contaminados ou contagiados, dependendo da sua decisão, pela manifestação cultural que em todos os municípios ocorria ou ainda ocorre, que são as festividades do mês de junho.

Nesse momento, trago uma reflexão para o povo do Amazonas e para todos as outras regiões do País:

  • A Amazônia é rica em biodiversidade, uma fauna exuberante e povos tradicionais indígenas que por séculos atuam nessa região difundindo manifestações culturais primitivas. E eu sempre me perguntava: o que um Boi faz no meio da floresta Amazônica junto com os indígenas?
  •  No mês de junho, lembro na minha infância que praticamente todo o mês era dedicado às festas juninas que surgiram na Idade Média para homenagear três santos populares: São João (dia 24), Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29) e nesse mês era tanto feriado, que têm-se o costume de férias escolares durante o mês inteiro, devido as interrupções constantes das aulas e que hoje em dia diminuiu, o período de férias até reduziu em muitas escolas. É principalmente por contas destes feriados que nos dias 28, 29 e 30 de junho eram executados as festividades do Festival Folclórico de Parintins, data essa foram alterados posteriormente para coincidir com final de semana. 

  •  De fato,  trazidas ao Brasil pelos colonizadores portugueses, os festejos juninos no Brasil une jesuítas portugueses, costumes indígenas e caipiras, celebrando santos católicos e pratos com alimentos nativos. 
  • Mas aí, pergunto novamente. E o Boi?

Com toda certeza serei criticado pelos amantes da cultura popular Amazônica que defendem o Boi como parte de nossa identidade. Como Assim? No meio da floresta Amazônica temos festividade de Boi? Não faz o menor sentido. 

Agora, claro que o Misticismo da floresta, os costumes indígenas, as lendas Amazônicas ( lenda da vitória Régia, Cobra Grande, lenda do Pirarucu), as histórias do caboclo que se uniram às histórias dos indígenas, a fauna, a flora, os heróis da floresta e etc, isso sim é cultura Amazônica. e no meio disso tudo, aparece um Boi, de pano ainda.

Já me disseram que o Boi foi trazido do Nordeste e inserido na cultura local. De forma alguma isso aconteceu, o Boi não foi inserido na cultura local, pois lembro na minha infância de que eram atuações totalmente diferentes e separadas, havia a apresentação da Ciranda, as quadrilhas, a brincadeira de Boi (uma pessoa dentro de um boi de pano e madeira fazia evoluções imitando um boi verdadeiro, que o Bumba Meu Boi do Nordeste), a dança do Cacetinho (talvez o mais próximo da cultura Amazônica e sugiro essa leitura: http://simaopessoa.blogspot.com.br/2016/07/das-tribos-indigenas-as-dancas-do.html), e por essa diferenciação é óbvio que com o crescimento das festividades, não iria fazer sentido dizer que o Boi Bumba é a cultura da Floresta, desta forma, foi necessário inventar isso, pois em todo o interior do Amazonas, não apenas em Parintins, haviam essas festividades e sempre tinha as apresentações de Boi. E chamo isso de Estratégia de Marketing e responsabilizo principalmente os governos que precisa de um picadeiro. Avalio que sob hipótese alguma educadores iriam permitir que isso acontecesse.

Então, é possível termos uma identidade de nossa Cultura Amazônica sem o Boi Bumbá?
Claro, primeiro que o Boi  é da cultura do Nordeste ou sei lá de onde, não nossa.  

E qual a cultura musical do Amazonas?

Sugiro inicialmente que ouça o seguinte:

Viageiro (Erik Vicente). Intérprete: Frank Fernandez

Cantos da Floresta - Raízes Caboclas 

SAGA DE UM CANOEIRO

Dança do Cacetinho

Dança do Cacetinho

Mas aí voce comenta. Mas Bruno, a música do canoeiro já tocou no festival de Parintins. Não se preocupe, voce foi vitima do Marketing Comercial.

Agora, me responda, no meio da floresta, o que um canoeiro, que normalmente usa a canoa para pescar,  tem haver com um Boi? 

É lógico que o boi não faz parte da cultura da floresta. Mas se você acha que sim, que faz parte da nossa cultura, ou que se misturou com a nossa cultura, respeito sua opinião. Mas acrescento que Boi e Floresta não combinam, pois onde há Boi há desmatamento.

veja os seguintes links:
 
Desmatamento para pastagens na Amazônia é responsável por aproximadamente 50% dos gases de efeito estufa no país

Mais gado, mais desmatamento

A FARRA DO BOI NA AMAZÔNIA

Desmatamento é consequência. Pecuária bovina é causa


Finalizo dizendo que gosto, cada um tem o seu. Se você não está nem aí para esse negócio de cultura ou identidade regional, quer saber é de ver o Caprichoso campeão ou o Garantido dando o seu melhor para a galera. fique à vontade. afinal, isso é entretenimento, é isso que o Governo quer, que voce faça parte da política de incentivo ao circo.

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