sexta-feira, abril 15, 2011
O REAJUSTE DO GÁS É NATURAL
ESTAMOS DE OLHO
O entendimento do mercado produtor de Petróleo na América Latina e a participação da Petrobrás em toda cadeia produtiva dos seus derivados, estão intimamente ligados ao crescimento da Petrobrás desde a Campanha popular conhecida como “O petróleo é nosso” até a mais nova discussão acerca do Pré-Sal no litoral brasileiro. Nomes como Ricardo Maranhão, Manoel Inácio e Monteiro Lobato, considerados desbravadores da nacionalização do Petróleo Brasileiro, trazem-nos o sentimento nacionalista à tona, quando da lembrança de suas investiduras pela produção do Petróleo em nosso país, pelos brasileiros.
Nos Estados Unidos, o carro chefe para o refino de petróleo, por muito tempo foi o querose, no entanto, com o advento massificado dos veículos automotores, a gasolina passou a ocupar um lugar privilegiado nos EUA e quando da nacionalização do Petróleo brasileiro até os dias de hoje, a gasolina representa uma fatia considerável do mercado de derivados de petróleo.
A gasolina, ao longo do tempo, passou a ser uma medida de referencia para toda a cadeia econômica mundial e no Brasil, não é diferente. Quando a gasolina está com um preço de venda baixo, há estabilidade no mercado, mas quando há aumento deste valor, todo o mercado sofre o impacto.
O gás natural de Urucu é uma realidade para a região norte do Brasil, no entanto, como o valor de extração para comercialização é relativamente baixo em relação ao custo da produção e comercialização da gasolina, é necessário agregar valor ao gás natural, mas mesmo assim, o valor do gás natural continua baixo quando comparado com o valor da gasolina, então, pela lógica, se o gás natural for colocado no mercado ao preço de custo com uma margem de lucro considerável, o seu valor ainda será muito baixo em relação à gasolina, e naturalmente, o consumidor Amazonense deixará de consumir gasolina e passará a consumir gás natural. E entendendo que a Petrobrás produz e comercializa bastante gasolina, o que aconteceria com a Refinaria de Manaus se a gasolina não fosse mais comercializada na Região Norte?
Um caminho natural para resolver este problema é aumentar o valor agregado da gasolina até um patamar em que a sua comercialização torne a viabilidade comercial do gás natural apenas uma alternativa de combustível pelos consumidores, da mesma forma como acontece com o álcool combustível, sem que ocorra uma mudança brusca mercadológica de consumo da gasolina. No entanto, o aumento do valor de agregação do gás natural deve acompanhar este aumento do valor da gasolina, para que a diferença de um produto para o outro não seja muito significativa.
Com vemos, a gasolina, sempre a gasolina, em minha opinião, continua ditando até os benefícios da sua própria cadeia de produção e de seus derivados e o consumidor precisa acostumar-se com estas políticas comerciais, pois é pela sobrevivência da poderosa gasolina em nossa região norte.
Bruno Oliveira
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