Manaus 03 de fevereiro de 2011
O deputado Luiz Castro perdeu a eleição para Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas ALE – AM, este fato, no mínimo mostra que ainda existe oposição naquela casa. A existência de oposição é sadia e quase que obrigatória para o funcionamento das associações democráticas e é natural, diante da popularidade do governo anterior e da eleição do governador Omar, que a maioria dos parlamentares sejam governistas, dadas as coligações que a maioria dos parlamentares representavam quando das suas eleições à atual legislatura.
As lideranças oposicionistas são o contraponto do governo, normalmente são lideradas por pessoas lúcidas que não vislumbram-se com o poder e nem precisam disso, pois entendem que basta um erro muito grave do governo para que a oposição vire governo. O grave problema observado na ALE-AM é a minguada oposição existente ao governo Omar, apesar do governador ser diferente ao governador anterior, ou seja, bem melhor politicamente, é necessário a existência de debates políticos em que pese o risco da não aprovação de projetos de interesse do governo, caso estes projetos tenham a mínima maledicência para o povo do Amazonas, desta forma, diante da esmagadora presença governista na Assembléia, o espaço para os debates entre oposição e governo na ALE-AM são diminutos.
Vejo com bons olhos a luta do Deputado Luiz Castro em firmar-se como oposição e ser esta liderança que há muito a ALE-AM necessita, no entanto, sabemos que ser oposição, apenas, não é suficiente, pois entendemos que o fortalecimento do bloco oposicionista e o engrossamento das fileiras do grupo partidário básico, no que tange o Partido Popular Socialista – PPS deve ser uma das metas do deputado. Ser oposição é fácil, basta ser contra tudo e contra todos, assim como faziam o ex-deputado Eron Bezerra e o deputado Sinésio Campos, quando estes eram da oposição, mas ser uma oposição competente, lúcida e focada no seu objetivo principal que é fiscalizar as ações do governo e no objetivo secundário que passa pela ampliação dos arcos de alianças até o engrossamento de suas bases partidárias e eleitorais e assim, servindo como um “bastão do discernimento” que pode influenciar nas principais decisões que virão a serem tomadas pelos parlamentares estaduais, quando influenciados fortemente pelo poder executivo.
ELIANDRO BRUNO OLIVEIRA
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