sábado, janeiro 15, 2011

A ESTRUTURA DA UEA

por: ELIANDRO BRUNO OLIVEIRA

A Universidade do Estado do Amazonas, consolidada entre as grandes instituições do Norte do Brasil nos seus dez anos de existência, começou com um espírito de grandeza e quando se deu conta de que não havia recursos para sustentar-la, os gestores do Estado do Amazonas, através de ação política e pressão do poder público, tanto do executivo estadual quanto do legislativo do Amazonas, atuaram sobre as empresas instaladas no pólo industrial de Manaus para que aderissem a uma espécie de programa do Governo do Estado, programa esse que estabeleceria uma série de vantagens para as empresas que aderissem a este programa que garantiria recursos para a continuidade da UEA. Na época, eu era um dos diretores do Diretório Central dos Estudantes da Ufam e questionei sobre a justificação destes recursos, pois, se as empresas instaladas em Manaus recebem incentivos do governo Federal através da SUFRAMA, então, qualquer recurso oriundo do pólo industrial de Manaus é recurso Federal em teoria e desta forma, se estes recursos são para investir em educação de nível superior, e no amazonas, tratando-se de recursos federais, pela lógica de atuação dos governos, a prioridade deve ser em investimentos na Universidade Federal do Amazonas, no entanto, ao tomar conhecimento de que a UEA corria o risco de fechar as portas, alguns anos logo após a sua criação, por falta de recursos para se sustentar, achei prudente não causar uma polêmica maior e permitir, sem adição de maiores empecilhos, sobre a alternativa de uma Universidade Estadual ser sustentada pelas empresas incentivadas pelo Governo Federal através da Zona Franca de Manaus.
Hoje a UEA, além de conseguir sustentar-se, ampliou enormemente, além de suas áreas de conhecimento, ocupar uma grande parte do território de nosso estado, de uma forma que até aonde pouco se sabia o que era de fato um curso superior, hoje existe uma unidade da Universidade do Estado.
O problema que vejo é que se a SUFRAMA sustenta a UEA e a SUFRAMA tem uma data para acabar, logo a UEA, teoricamente, também tem uma data para o seu fim.

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