A todo momento quando penso que minhas atitudes não estão valendo a pena, quando penso que o “desasossego” desatina meu sono durante as madrugadas, quando penso que logo existo só porque eu penso e quando penso que meus olhos me dizem que devo ir além do que sou, eu me pego olhando para o espelho e desabo em lágrimas, pois vejo a pessoa responsável pelo meu momento a todo momento.
O pedido de ajuda que faço para o espelho, as lágrimas que rolam pelo meu rosto e que na mesma hora eu as enxugo, a mecha de cabelo que é movimentada pelas minhas mãos para que eu me veja melhor neste dito espelho, o piscar de olhos que nunca vejo porque pisco quando era para eu estar vendo o meu piscar, as falas que são entoadas com bastante veemência de frente para mim mesmo, enfim, as coisas bobas que faço de frente para o espelho e que me envergonham, refletem aquilo que, se não fosse o espelho, eu não viria.
Demvemos ter um espelho sempre à mão para lembrarmo-nos de quem somos, para lembrarmos de como estamos, para lembrarmos de nós mesmos. As nossas atitudes são os nossos reflexos, as nossas ações dizem como somos, os nossos dizeres dizem muito da gente, nós somos o que refletimos para os outros, mas também somos o que refletimos para nós mesmos.
Todas as nossas ações, são também reações e estas reações aos reflexos das outras pessoas que são refletidos na gente nos provocam sensações estranhas, nos transformam em espelho dos outros. Se eu sou o espelho reacional de alguém, alguém é o meu espelho reacional e se todos somos espelhos uns dos outros, todos nós somos a mesma pessoa e quanto mais você se refletir em alguém, mais esse alguém vai se refletir em você.
Então, acho que encontrei o meu espelho, e se meu espelho não for você, reflita!
ELIANDRO BRUNO OLIVEIRA
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